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OÁSIS URBANO

Área: 417,15m²

Localização: Rua São Paulo, Campus I FURB

Grupo: Giovanna e Luiz Gustavo

Sistema Estrutural: Estrutura metálica Wide Flange e Steel Frame

O projeto Oásis Urbano surgiu com dois objetivos: potencializar as “bordas da FURB”, atraindo a comunidade para dentro da universidade e fazendo com que as pessoas de fora se apropriem desse espaço público, tendo como premissa o conceito de que a depressão e os males da mente serão os problemas mais inabilitantes do século, surgindo como um espaço destinado ao usuário desconectar-se das turbulências do cotidiano e conectar-se consigo mesmo e com a natureza.
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Situado próximo ao morro da cantina, com a fachada principal voltada para a Rua São Paulo, o projeto busca criar um edifício sem fundos, que recepcione quem passa pela rua e que dialogue com os espaços internos da FURB. Dada a relevância da área escolhida para a sua implantação, o projeto inclui também uma revitalização e ressignificação do espaço que vai da Rua São Paulo até a Praça da Biblioteca e do morro da cantina até o Bloco J, propondo a retirada das vagas de estacionamento e instalação de bancos, vegetação de médio porte e um bicicletário -buscando corresponder à tendência do uso de bicicletas e semelhantes como meio de locomoção urbana-. As calçadas buscam atender os principais fluxos identificados na área e o Parque Universitário, pensado em conjunto com a dupla Ana Beatriz e Ana Lucia, serve também como comunicação entre os dois prédios.
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Em um mundo onde as relações líquidas nos dão cada vez mais a sensação de estarmos sozinhos, sem apoio, buscar o conceito na humanização das relações  parece ser o modo mais correto de lidar com esse problema. Essa foi a palavra que norteou o projeto desde o início. Como fazer com que as pessoas se sintam importantes? O que fazer para que as pessoas vejam o outro como ser humano, e não como um mero robô executando suas tarefas diárias?

Com um conceito de permeabilidade e conexão com o ambiente externo, o edifício pode receber os mais variados usos de acordo com a necessidade e procura atender a atividades principais como yoga e meditação, oficinas de pintura e trabalhos manuais, conversas em grupo e individuais, além de ter acesso à horta, onde seus usuários podem aprender a cultivar e preparar esses alimentos na cozinha integrada.

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Ao analisar os fluxos de pessoas dentro do espaço da universidade notou-se que o bloco L funciona como uma barreira do eixo principal que liga a rua com os blocos A, B, C, D, E, F e I, o que justifica sua retirada. Com a criação deste eixo principal de ligação, da rua até o bloco A, outro foi criado a formar um cone visual que deixa em destaque a Praça Central, importante ponto de encontro e trocas entre os estudantes. A partir destes dois eixos de destaque o desenho ganhou forma com a identificação de outros eixos importantes que foram ilustrados na implantação.

Muros e cercas foram retirados de modo a permitir receber pessoas de todos os lados.

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Para dar mais vitalidade ao local foram adotados artifícios como a implementação de bancos e arborização. Para maior conforto acústico e segurança dos pedestres também foi criada uma barreira no limite do passeio com a rua, com bancos para descanso e árvores que filtram o barulho dos automóveis e projetam sombra sobre o passeio, além de impedir que os automóveis invadam o passeio e impossibilitar que pedestres atravessem em local inadequado.

Também foi criado um novo ponto de ônibus, com maior capacidade de pessoas e layout que casa com o entorno.

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A concepção da forma do edifício se deu pela perpendicularidade entre as linhas que formam o eixo. O sistema construtivo escolhido foi o steel frame por conta de sua rapidez de instalação, leveza e baixa geração de resíduos, além de possibilitar o uso de isolante termoacustico em suas paredes, onde adotamos uma solução mais sustentável com o uso de lã de pet.

Na cobertura optamos pelo uso de telha sanduíche, que apresenta bom desempenho térmico e acústico, apoiadas em estrutura metálica perfil wide flange (perfil I), que permite vencer grandes vãos sem muitos apoios. Os pilares existentes apresentam inclinação para fator estético.

No banheiro e depósito optou-se por uma lage seca, de steel frame, onde foi sobreposto um telhado verde na parte não coberta pelo beiral.

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Quanto à escolha dos revestimentos e acabamentos, a estrutura metálica aparente foi revestida com aço corten para criar uma identidade visual entre os dois projetos do grupo, Oásis Urbano e Axis. As paredes de destaque, que confrontam com a rua e cozinha, foram revestidas com vegetação para criar um contraste com o aço da estrutura. As demais paredes foram revestidas com concreto aparente para adquirir um aspecto mais brutalista.

O vidro ganha destaque com grandes aberturas por permitir a permeabilidade visual almejada ao projeto.

Na parede do banheiro foi adotada uma arte, que pode ser realizada pelos próprios usuários do local, dando vitalidade para uma parede, a princípio, morta.

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Respeitando o conceito de integração e permeabilidade visual, na sala multiuso foi adotado fechamento em painéis pivotantes deslizantes de vidro, com vistas ao norte, para a parte arborizada do eixo, e ao sul, para a horta. Estes painéis permitem que a sala seja totalmente aberta e integrada ao exterior, onde podem ser feitas atividades ao ar livre e fazendo com que a horta e o eixo sejam parte integrante do edifício. No interior, o uso de cores suaves e de madeira no revestimento e no piso busca criar uma atmosfera de aconchego e proteção.

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A sala individual é destinada a sessões em particular para aqueles que sentirem necessidade de atendimento especial com psicólogo.  

A horta Cura pela Terra nasceu da ideia de aproveitar o morro da cantina, um elemento bastante marcante para todos que circulam pelos campus, e usá-lo em benefício do próprio projeto. Seria possível criar uma horta horta em curvas de nível que acompanha a topografia do local. A Cura pela Terra poderia não apenas fornecer alimentos que seriam utilizados na cozinha mas também servir como local para descanso e horta sensorial, explorando os cheiros e sensações provenientes dos temperos e alimentos. Escolas de ensino fundamental, por exemplo, poderiam utilizar a horta e a cozinha para promover aulas de culinária abordando o tema do cultivo orgânico de alimentos. 

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A cozinha abre a possibilidade de preparar estes alimentos, onde uma nutricionista orienta e dá dicas para uma alimentação mais saudável. Todo alimento produzido ali pode ser compartilhado entre os usuários. O contraste entre o formato circular das bancadas e o quadrado do volume central brinca com as formas geométricas. Esse volume serve como apoio para as atividades realizadas na cozinha,abrigando a geladeira e um armário e auxiliando na sustentação da cobertura. Os usos para esse espaço podem ser diversos, desde um festival gastronômico interno até ações beneficentes, como o preparo de refeições para a população em situação de rua.

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