Ateliê V

Furb

Acadêmicos:

Localização:

Área:

Modelo estrutural:

Bruna Wanka e Caetano Groberio

Rua São Paulo, Itoupava Seca, Blumenau, SC

625,4m²

Concreto armado e Madeira laminada colada (CLT)

Localização
O campus I, principal e maior da Fundação Universidade Regional de Blumenau, está localizado em uma área com muito potencial e vitalidade na cidade.
O local que escolhemos para realizar o projeto de ateliê V foi a área do edifício Cristiana e parte do estacionamento do bloco N.

Essa escolha foi feita por conta do potencial que há na borda de uma das entradas da universidade e também por ali se localizar a vitrine da economia solidária.

Projeto
A proposta deste projeto foi realocar e dar um local permanente a feirinha que acontece uma vez por mês nos corredores próximos à biblioteca. Além do local de exposição e venda, haverá espaço e oficinas para a produção dos produtos. Este projeto é em conjunto com o edifício projetado ao lado que dará suporte tecnológico ao artesanato ali produzido.

Análise da Forma

O projeto ArtMaker teve sua forma obtida pelo uso do local em análise, já que as estruturas ao redor estão consolidadas. Pensando em não impedir a visualização do bloco N para a rua com uma construção, teve-se a consequência de que a fachada do projeto que dá para o estacionamento do bloco N ficaria recuada até uma das extremidades do bloco. Por conta disso há também uma conversa melhor entre prédios, do já existente com o proposto. Além do não impedimento da visão do bloco N, essa forma afunilada dá um direcionamento para o interior da Universidade para as pessoas que por ali caminham.

Acesso / Eixo
Com o térreo livre sobre pilotis, forma-se um eixo de acesso para pedestres, ligando a rua com a universidade trazendo mais visibilidade para a feirinha e vitalidade para a universidade, já que ali era apenas um local destinado ao acesso de veículos.

Térreo
Neste pavimento se localiza o espaço da feirinha, ao qual o projeto teve o intuito de deixar mais desobstruída e livre sobre pilotis, passando a lembrança de como realmente são as feiras e também um espaço de convivência abaixo da copa da figueira já existente, que não é dado a devida importância atualmente.

Superior
No pavimento superior está localizado as oficinas para o aprendizado e produção dos produtos, juntamente com sanitários e uma cozinha de apoio. Na área externa do mesmo, há mesas para jogos e espaço de confraternização com uma passarela de acesso ao edifício projetado ao lado, que é um complemento ao projeto ArtMaker.

Insolação
Em todos os lados do edifício há beiral de pelo menos 1,5m que impede boa parte do excesso de insolação. O projeto ao lado tem altura superior ao ArtMaker, protegendo assim dos raios solares nos períodos mais indesejáveis do dia, juntamente com a figueira que gera um local confortável termicamente. Ainda assim as áreas úmidas estão voltadas para norte-noroeste e a fachada mais envidraçada voltada para sul aproveitando assim a iluminação natural.

5_Planta_superior_setorização_e_insolaçã

Ventos
Os ventos predominantes de Blumenau são leste (8,8 meses) e norte (3,2 meses), isso gera ventilação cruzada em todos os ambientes, melhorando o conforto térmico.

6 Planta terreo circulação e ventilação.

Materiais
Lage nervurada: utilizada no projeto para conseguir vencer o grande vão sem pilar principalmente na parte da testada com a rua, contando com pouco mais de 9m.

Telha: A telha sanduíche foi escolhida para cobrir o edifício por exigir uma baixa inclinação de 5%, dando assim o efeito ideal para seguir a forma do projeto, e também a telha possui um bom desempenho térmico por ser de isopor no seu interior.

Madeira laminada cruzada (CLT): No pavimento superior foi utilizado nas paredes e na laje a madeira do tipo CLT sendo as paredes autoportantes e a laje maciça, sem necessitar de terças. Por se tratar da estrutura de madeira há o desempenho térmico aprimorado para tal espaço. As madeiras utilizadas para esta função são sustentáveis, pois são reflorestadas e plantadas exatamente para este fim, produzindo menos rejeitos na construção.

Rufo: A utilização do rufo deu-se pelo fato de ter que encobrir a união da telha sanduíche e da laje CLT, outra função é de não haver incidência de água na laje de madeira, acelerando o processo de decomposição da madeira. Juntamente com o rufo, nas partes mais baixas das águas, há uma calha de coleta de água, levando as águas pluviais para seu destino correto.

Rampa e cobertura
A rampa teve seu início para o pavimento superior com a função de o prédio ser acessível para todos os públicos, contando com um amplo lugar de destaque para a mesma, pintando-a de vermelho, uma cor marcante, a rampa ficará marcada como um elemento fundamental para tal projeto. Semelhante a rampa, o rufo que rodeia todo o telhado também foi dado a cor vermelha, para haver uma continuidade da rampa com o telhado formando uma espécie de “Z”.