Centro de Tecnologia e Sustentabilidade (CTS)

Ateliê V

Furb

Localização:

RU Furb - Campus I

R. Antonio da Veiga, 140 - Itoupava Seca.

Acadêmicos: Luís Augusto e Luíza Helena

O convívio das pessoas nos espaços públicos é o que faz da cidade uma cidade viva. A universidade é um importante centro nesse quesito, visto que tem grande fluxo de pessoas durante o dia inteiro mas que não se relacionam com a cidade por ficarem cercadas em um ambiente que apenas os distanciam da sociedade onde vão atuar profissionalmente no futuro. O objetivo do projeto é trazer pessoas da comunidade para dentro da universidade, conectando a furb com a cidade.

O local escolhido é o restaurante universitário da Furb, que se localiza na esquina entre a rua São Paulo e Antônio da Veiga. O local tem extremo potencial não só por ter muito espaço, mas por estar em uma esquina e fazer relação com todos os lados, sendo o principal ponto de conexão entre a comunidade e a furb.

Apesar de ter todo esse potencial de comunicação entre a cidade e a universidade a relação entre as mesmas ainda sim é ruim, visto que as pessoas não se sentem convidadas para entrar na Furb por diversos motivos além do vários muros que a cercam. Portanto, o problema apontado seria exatamente essa conexão comunidade e universidade que precisa de uma intervenção.

A proposta:

A proposta consiste no corte do morro, deixando toda a topografia plana transformando a área em uma grande praça, proporcionando um local de convívio para todos os cidadãos, sendo alunos da universidade ou não. Metade do estacionamento ali presente será transformado em praça também, dando preferência assim para pedestres, atividades e relações entre as pessoas que passam fazendo com que as mesmas sintam-se bem e a vontade no espaço.

A edificação:

A implantação e o formato da edificação foram pensados de forma que acompanhe o formato da rua se encaixando com o entorno de forma orgânica, criando eixos de circulação entre a rua e a universidade integrando-os, sem que o visitante perceba o limite entre a rua e a edificação.

A edificação proposta é sobre pilotis, o que transforma o térreo em uma grande praça coberta e totalmente aberta para a rua além de proteger edificação de enchentes, que são frequentes nas história do local.

Setorização

O projeto é dividido em 3 ambientes diferentes que são conectados através de um eixo de circulação vertical localizada ao centro da edificação em um volume a parte mas ao mesmo tempo ligando todos os espaços que juntos tem apenas um objetivo, unir a universidade e a sociedade.

O primeiro é o térreo, onde será planificado e transformado numa ampla praça coberta e arborizada com muitos bancos, que abriga também um pequeno café para os visitantes que passam e que querem aproveitar o ambiente, criando um espaço com diversos usos, com contato direto com a rua e com os pedestres que nela passam, trazendo vitalidade para esse lugar onde costumavam passar somente carros.

O segundo local é o primeiro pavimento. Este pode ser acessado por uma rampa curva, um elevador e uma escada helicoidal que contorna o mesmo. Nesse pavimento ocorre uma espécie de continuação da praça do térreo, tendo o mesmo potencial de convivência. O andar é também identificado como um pavilhão de exposições, nele haverá biombos digitais, mesas interativas, mesas de projeção de holograma 3D e pequenos auditórios informais.

O terceiro local é o segundo pavimento. Neste haverá um laboratório de tecnologia e realidade virtual, onde a tecnologia será a ferramenta de aprendizagem para os alunos e visitantes além de um auditório com capacidade de 79 pessoas onde trabalhos e palestras poderão ser apresentados, expondo as atividades da faculdade para a sociedade.

A edificação que foi projetada para o ano de 2030 faz muito uso da tecnologia, que será cada vez mais presente nas edificações no futuro, transformando toda a edificação em uma biblioteca virtual, onde o visitante só teria que conectar na rede para ter acesso a todos os livros e trabalhos da universidade. Além do sistema de controle solar (brise móvel) e irrigação que é todo controlado de forma digital.

Além de tecnológica a edificação também é sustentável, dispensando a impressão de livros e trabalhos, que serão apresentados apenas de forma digital, além de contar com um sistema de captação de energia solar e captação da água da chuva, fazendo com que a edificação seja auto suficiente em relação a energia e também na irrigação da vegetação, que é muito presente em todo o edifício. A vegetação não é só estética, ela é muito importante para o conforto térmico dentro da edificação, barrando o sol e os ruídos,renovando o oxigênio e potencializando as brisas de verão, além de trazer um ar mais natural, sensação de liberdade e bem estar para os visitantes.

A estrutura é composta de pilares redondos de concreto moldado in loco e de lajes protendidas de bioconcreto que são conectados por capitéis de concreto maciço. O bioconcreto tem capacidade de regeneração de fissuras, aumentando muito a durabilidade e a capacidade estrutural da edificação.O fechamento é feito através de paredes de tijolo cerâmico para ambientes fechados como banheiros e de paredes cortina de vidro, para sala de exposição e oficinas onde a iluminação externa é bem vinda.

A edificação é leve por conta dos planos horizontais que a formam mas ao mesmo tempo monumental por sua escala, transformando a esquina que era esquecida em um ponto de referência, encontro e permanência não só para a universidade como para toda a cidade e população.

O Impacto

A edificação proposta geraria um grande impacto tanto para estudantes da universidade que teriam um novo espaço de exposição de trabalhos e também de aprendizagem ligada a tecnologia, como também para a comunidade que agora terá possibilidade de ver e aprender com a universidade e também ter acesso a essa grande praça em que a furb se transformaria. Fazendo com que a universidade e a cidade sejam uma coisa só, aprendendo e evoluindo juntas, atendendo e se aproximando cada vez mais da comunidade.