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Fazendo!
ESPAÇO CULTIVAR
Professor: Christian Krambeck e Cézar Martinelli
Localização: Rua Leopoldo Kuhn, 90 - Bairro Vorstadt - Blumenau, SC
Área total:
Acadêmicos(as): Ana Júlia Tierling e Lívia Schmidt
Museu Interativo
Chiara Giovanna Tomio
Jéssica Marciélly de Novaes
Área
Localização:
Nome do grupo:
Modelo estrutural:
1012,11m²
Rua São Paulo, Itoupava Seca - Blumenau
Chiara Giovanna Tomio e Jéssica Marciélly de Novaes
Concreto Armado e com Vigas Metálicas
O Museu Interativo FURB tem por objetivo estreitar os laços entre a universidade e a comunidade por meio da criação e apresentação de protótipos interativos na área de Ciências Tecnológicas, cujo núcleo de ensino encontra-se no Campus II.
A proposta é um ambiente de recepção para famílias e núcleos educacionais, onde as crianças e adolescentes possam experimentar equipamentos produzidos pelos acadêmicos com supervisão do corpo docente, e vivenciarem experiências que possam lhes instigar o ingresso na universidade.
O ambiente, propício também para a organização de mostras e concursos, é um local favorável para o encontro entre acadêmicos e empreendedores.

O conjunto formado por quatro blocos interligados foi concebido através de dois eixos perpendiculares, fazendo as conexões longitudinalmente entre a Rua São Paulo, principal entrada do Campus, e o Rio Itajaí- Açu cujo potencial paisagístico deve ser enaltecido. Transversalmente o prédio faz a conexão entre os blocos H e F, áreas onde encontram-se salas de aula e o Museu Interativo, com ainda um direcionamento para o Centro de Inovação que se encontra a diante.

Ao idealizar o projeto houve a preocupação com o gabarito dos blocos vizinhos e a preservação da vista para o rio. Assim 3 dos blocos são térreos, e apenas um possui dois pavimentos. Deste último é possível contemplar a vista da mata ciliar e que se funde ao telhado verde do bloco mais à frente.

O acesso frontal do museu interativo pode ser feito tanto contornando o bloco I, quanto pelo interior do mesmo. Em frente ao museu situa-se uma praça arborizada, com as primeiras instalações do acervo do museu. São instalações fixas, como o espelho d’água com esferas metálicas que exprimem a reflexão da luz, e móveis, como maquetes e protótipos interativos.

De fronte a praça, no primeiro pavimento do bloco principal, encontra-se a primeira sala do museu interativo, contando com instalações e espaços de estar diferenciados, que despertam a curiosidade e a criatividade por meio da experimentação. Trata-se de um ambiente de estar colorido e dinâmico.

O segundo pavimento dispõe de um espaço para coworking onde os acadêmicos e professores da universidade podem realizar trabalhos em conjunto com alunos e professores das escolas, proporcionando a integração da universidade com a comunidade através da transmissão do conhecimento.
O edifício principal possui em sua cobertura iluminação zenital em shed (cobertura em serra), voltado para a direção sudeste. Este elemento, proporciona a diminuição de gastos com energia e permite a presença de iluminação natural sem que a mesma penetre diretamente no interior do ambiente.
Do lado oposto abertura do shed, foram colocadas placas solares para aumentar ainda mais a eficiência energética da edificação, tornando-a mais autossuficiente.
Ainda anexo a cobertura foi projetado um sistema de calhas conectado a uma cisterna para o recolhimento da água da chuva do telhado. Esta água pode ser usada na irrigação do telhado verde e da parede verde do bloco que abriga a sala II do museu interativo.
Com intuito de trazer permeabilidade visual, e evidenciar a paisagem natural privilegiada do rio, o andar é envolto por janelas em fita protegidas com brises verticais móveis de madeira.
Devido aos grandes vãos presentes na estrutura, foram usadas vigas metálicas de perfil I em todo o bloco, no entanto, especificamente para a composição do shed, na cobertura, foram usadas vigas celulares, ou seja, vigas metálicas também de perfil I cortadas longitudinalmente na alma e reunidas formando aberturas circulares.
As vigas celulares proporcionam aumento de resistência sem alteração de seu peso. São principalmente aplicadas na construção de elementos de grandes vãos e pequenas cargas, como coberturas.

A segunda sala destinada ao museu interativo tem seu espaço voltado para estudos relacionados a história, geografia e tecnologia. Os pilares aparentes da edificação possuem formato diferenciado remetendo a imagem de uma árvore.
Pensando no quesito de insolação, na fachada noroeste foram projetadas paredes verdes que bloqueiam a luz solar direta e diminuem a temperatura na parte interna da edificação.
Este bloco também possui um telhado verde, que além de contribuir com o conforto térmico da edificação, completa a vista da mata ciliar provenientes das janelas em fita do espaço coworking.

Voltando ao térreo, ao lado do bloco principal foi projetada uma área aberta destinada a exposições de trabalhos acadêmicos desenvolvidos para mostras e concursos.
Este espaço é uma área intermediária entre o ambiente externo e a as partes internas do museu. Enquanto a cobertura permite a utilização do espaço para instalações sensíveis a intempéries, ela não restringe a permeabilidade visual, e isso a torna convidativa para a comunidade.
Neste bloco também foram usadas vigas de perfil metálico I para vencer os vãos.
Do mesmo modo, os pilares em forma de árvore aparecem nesta área aberta, corroborando a identidade dos demais blocos.

Por último, também foi projetado junto ao Museu Interativo, um espaço de café, trata-se de um local coberto, amplo e aberto.
Contando com uma pequena cozinha e sanitários, este espaço é favorável tanto para reuniões informais entre docentes e discentes, bem como encontros entre acadêmicos, estudantes de das escolas que aspiram a carreiras nos áreas de engenharia e tecnologia, e investidores interessados nos trabalhos desenvolvidos pelos universitários.

No entanto, a implantação do museu e da proposta paisagística envolvem a supressão de parte do estacionamento atual do campus, para isso, a entrada de veículos foi realocada para lado direito da casa Salinger. Dessa maneira o projeto põe em primeiro plano o acesso dos pedestres as imediações do campus.
Em direção ao rio foi projetado um a passarela que dá continuidade aos fluxos principais estabelecidos no projeto. A arquibancada e rampa anexas à passarela acompanham o desnível do terreno dando acesso ao estacionamento.

Foi também elaborada uma proposta de intervenção urbanística para a conexão entre os três campuses da FURB (Fundação Universidade Regional de Blumenau) através de uma calçada e ciclovia arborizadas que em parte margeia o Rio Itajaí-Açú, e posteriormente adentra o bairro Itoupava Seca em direção aos Campi I e IIII da universidade.

























