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Fazendo!
ESPAÇO CULTIVAR
Professor: Christian Krambeck e Cézar Martinelli
Localização: Rua Leopoldo Kuhn, 90 - Bairro Vorstadt - Blumenau, SC
Área total:
Acadêmicos(as): Ana Júlia Tierling e Lívia Schmidt
CONEXÕES
Giulia Pedrini Tachini e Rayssa Gabriella Scheidemantel
Área
Localização:
Nome do grupo:
Modelo estrutural:
848,10 m²
Rua São Paulo, Itoupava Seca, Blumenau
Giulia Pedrini Tachini
Estrutura Metálica com Laje de Concreto Protendido
O Campus II da Universidade Regional de Blumenau, está localizado em uma área com grande potencial que hoje é pouco explorado. Situa-se próximo ao rio e em uma das principais ruas de Blumenau. Nele há cursos da área tecnológica, como engenharias e design.

Para romper barreiras e limites entre universidade e comunidade - juntamente com a integração entre cursos do CCT (Centro de Ciências Tecnológicas) - o projeto foi desenvolvido a partir de uma causa social recorrente em Blumenau, os desastres naturais.
Partindo desse princípio, abrindo a universidade ao público, os estacionamentos foram realocados para os fundos do Centro de Inovação, juntamente com a entrada de veículos que agora está ao lado esquerdo da Casa Salinger. A antiga entrada de veículos tornou-se uma alameda para a população.
Criou-se espaços de permanência utilizando mobiliários alternativos pensando nas inundações. Isso é, são feitos de concreto e madeira, materiais de fácil acesso à população, que não deteriorizam ao entrar em contato com a água e são facilmente desmontados, respectivamente. Assim, as praças possuem equipamentos urbanos aplicando esse conceito.

A partir dos eixos mais utilizados, deu-se a configuração dos espaços urbanos. A fim de possibilitar fluidez ao caminhar no local, colocaram-se decks nas extremidades dos canteiros voltados à parte central, proporcionando interação entre as pessoas no ambiente público. Além disso, para não limitar apenas um caminho a ser seguido, foram criados eixos alternativos nos canteiros, remetendo à ferrovia, que situava-se onde hoje é o Campus II.
Proporcionando leveza e também associando à ideia do sistema ferroviário, a estrutura da edificação é metálica com malha estrutural de 9 em 9 metros. A composição dos materiais foi pensada visando a permeabilidade visual, o conforto termo-luminoso, o aconchego, sem destoar das construções adjacentes.

Permitindo a permeabilidade visual e a ventilação natural, nas fachadas frontal e lateral esquerda utilizou-se brises fixos de madeira a cada 1 metro e 20 centímetros como fechamento. Em alguns locais, as aberturas são revestidas com vidros ou cobogós de tijolinho à vista.
A cobertura é estilo borboleta, com laje inclinada de concreto nas extremidades. No centro onde situa-se a praça, a estrutura é de madeira, coberta com chapas de policarbonato translúcidas, contendo proteção contra os raios UV e proporcionando iluminação zenital.

O programa de necessidades do projeto contempla: uma cafeteria; praça coberta expositiva; sala de criação; BWC; maquetaria; arquibancada; sala de simulações/auditório; rampa de acessibilidade.
A praça expõe fotografias e equipamentos urbanos exemplificando os mobiliários alternativos citados anteriormente. Complementando a exposição, há também imagens retratando eventos relacionados aos desastres naturais já ocorridos em Blumenau.

A cafeteria é totalmente permeável, tendo como fechamento apenas um guarda corpo de elementos verticais de madeira espaçados de 10 em 10 centímetros, por conta do desnível, assim tornando-se um ambiente muito convidativo para permanência.

Pensando em desenvolver ideias de protótipos com materiais alternativos para as pessoas que são afetadas pelas inundações, foi projetada a sala de criação, que também é um espaço multiuso o qual pode ser utilizado como sala de estudos em grupo, ambiente para debates, entre outros. Adequando-se a ideia de conexão com o espaço externo utilizou-se vidros permitindo visibilidade à natureza e ao rio.

No centro da construção, situa-se uma arquibancada que possibilita a permanência para observação do ambiente, assim gerando conectividade com a natureza, também servindo como plateia para eventos e circulação vertical.

Visando a confecção dos protótipos originados pelas ideias da população na sala de criação, o projeto possui uma maquetaria, que também serve como apoio para o desenvolvimento das atividades dos cursos presentes no campus.

Para fins de ensino à população quanto aos desastres naturais, há a sala de simulação (holograma), a qual demonstra como esses eventos ocorrem e como proceder nessas situações. Podendo ser utilizada para mais atividades pedagógicas, serve também como auditório. Além disso, seus mobiliários são removíveis, possibilitando alterar o uso da sala, tornando-se um abrigo em situações de emergência.

Pensando nos portadores de necessidades especiais, como opção de circulação vertical, há uma rampa que possui juntamente à ela uma escada, para os que desejarem seguir o fluxo dos caminhos da praça sem adentrar o edifício.

Conectando todo o espaço com o rio, há um caminho seguindo o conceito da ferrovia dito anteriormente, possibilitando fugir da correria diária e do caos da cidade.

























