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Fazendo!
ESPAÇO CULTIVAR
Professor: Christian Krambeck e Cézar Martinelli
Localização: Rua Leopoldo Kuhn, 90 - Bairro Vorstadt - Blumenau, SC
Área total:
Acadêmicos(as): Ana Júlia Tierling e Lívia Schmidt
atelier
Giulia Lemos
Área:
Localização:
Autor do Projeto:
Modelo estrutural:
1500m²
FURB - Campus II - Itoupava Seca - Blumenau - SC
Giulia Lemos
Estrutura reticulada em concreto

Arte é a atividade humana ligada a manifestações da percepção, feita por pessoas a partir de percepção de seu entorno, emoções e ideias, com o objetivo de estimular esse interesse de consciência em um ou mais espectadores, cada obra de arte possui um significado singular e diferente.
Fixando como objetivo primário do projeto a integração entre comunidade e universidade justamente para criar um choque de culturas, realidades e experiências diferentes a arte não poderia deixar de estar presente. Sendo assim o espaço criado visa ser um local para expressão através da arte, onde qualquer pessoa possa produzir colagens, pinturas, esculturas e até mesmo exibir curtas amadores ou apresentar peças de teatro. Dando visibilidade a expressão da realidade de cada um geramos uma discussão importante para o mundo atual, onde cada vez mais os indivíduos vivem de forma individualista.
Análise do entorno
O Campus II da Universidade Regional de Blumenau – FURB, tem como principal polo a aplicação da tecnologia, formando o CCT – Centro de Ciências Tecnológicas. A escolha do local de implantação deste projeto visou criar embate entre diferentes públicos, a comunidade acadêmica do CCT terá contato com a do CCHC, do CCHN e assim por diante. A implantação também foi feita no lugar do atual Bloco Q , para que possa criar um fluxo de pessoas entre campus I – Centro de Inovação – Atelier.

Inserção do projeto no contexto urbano:
São inúmeras as deficiências do atual campus II da FURB e seus apêndices. Dentre elas estão a falta de infraestrutura adequada a chamada caminhabilidade, as calçadas são extremamente estreitas, arborização escassa e muros altos e escuros cercam as propriedades. Combina-se isso a necessidade da criação de um acesso ao novo Centro de Inovação e o projeto insere-se num parque, que faz ligação da rua ao Centro de Inovação e ao Campus II através do bosque presente atrás da Casa Sallinger.

Programa de Necessidades
Espaço café
O espaço café atende a comunidade acadêmica do campus II, que tem a infraestrutura deficiente em locais de alimentação, e também a comunidade em geral. Ele é um atrativo que pode gerar o primeiro contato do atelier com pessoas que não tem afinidade com a produção de arte. Podendo também ser usado como espaço de trabalho, o espaço café tem mesas e bancadas coletivas, eliminando o indivudual e promovendo o contato entre pessoas diferentes.

Teatro + Arquibancada + Parque
O teatro pode ser utilizado de diversas formas, seja para apresentação de peças, projeção de curtas, palestras e até mesmo rodas de conversa sobre tópicos relevantes à sociedade atual. O diferencial desse teatro incomum é a parede de fundo, que na verdade é uma porta que se abre para uma arquibancada integrada com o parque do fundo, possibilitando a realização de eventos de porte maior, como shows locais, onde o público pode sentar na arquibancada ou assistir da grama do parque.


Espaço para exposições
O espaço para exposições tem o objetivo de expor as artes produzidas pelos frequentadores do atelier, sejam elas fotografias ou pinturas. Este espaço tem tamanho reduzido em relação ao projeto como um todo, porque o objetivo do atelier é justamente que a arte não se contenha em um local só, que ela se projete na cidade, então as produções realizadas no atelier são expostas no muro do parque, e nos muros da cidade, dando uma visibilidade maior à expressão da realidade da comunidade.

Biblioteca
A biblioteca tem o objetivo de promover integração entre a comunidade e a Universidade fazendo-se pública. Qualquer pessoa pode ter um cadastro e emprestar os livros de lá, quebrando a barreira que cerca o conhecimento concentrado dentro da Universidade.

Oficina + Atelier
A oficina é um espaço externo para a produção de arte onde os artistas do atelier farão mais sujeira, seja com tintas, argila, madeira, água, não importa, o objetivo é uma balbúrdia. O atelier interno é integrado com a oficina pelo uso do vidro, e é onde ficam as mesas e o armário de materiais que os artistas usarão para a produção de arte.


Além destes ambientes principais, o atelier conta também com 2 BWCs comuns e 1 BWC PNE no térreo, e 1 BWC comum e 1BWC PNE em cada andar.
A circulação vertical foi criada de forma que as pessoas percorram todos os ambientes para subir, como pode ser acompanhado no vídeo. O elevador e os espaços de circulação são compatíveis com os equipamentos usados por Portadores de Necessidades Especiais.

Conforto Ambiental + Eficiência do Projeto:
Considerando a importância da integração entre meio interno e meio externo, a fachada frontal abre-se em um grande pano de vidro, gerando contato da rua com o atelier. Isso é possível devido ao fato dessa fachada ter orientação sudoeste, apesar disso a laje estendida ainda bloqueia a pequena parte dos raios solares diretos. Nos pavimentos superiores a insolação nesta fachada é controlada com o uso da vegetação e de lajes estendidas.
A fachada sudeste continua com as mesmas soluções adotadas na fachada sudoeste. A parede verde no andar da biblioteca foi utilizada como solução de fechamento para garantir o isolamento parcial do ambiente de estudo da rua.
Nas fachadas Nordeste e Noroeste foi adotado o uso de brises verticais como solução para conforto térmico e a estética. Os brises permitem a passagem de luz sem que a insolação incida diretamente sobre os ambientes e também permitem contato visual entre o meio edificado e o meio externo, aliado as janelas de vidro, garante conforto térmico permitindo a ventilação cruzada.
A iluminação zenital foi adotada na oficina como solução de para a entrada de luz natural, apesar das paredes serem abertas, a grande extensão do ambiente não permite que a luz natural ilumine a oficina de forma confortável. As aberturas são permitidas pela cobertura ser de laje impermeabilizada. Esta tem uma pequena inclinação que direciona a água da chuva para escoar em uma calha central. O fechamento da abertura zenital para que a água da chuva não caia no ambiente é feito com vidro temperado, permitindo a passagem de luz.
























