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Fazendo!
ESPAÇO CULTIVAR
Professor: Christian Krambeck e Cézar Martinelli
Localização: Rua Leopoldo Kuhn, 90 - Bairro Vorstadt - Blumenau, SC
Área total:
Acadêmicos(as): Ana Júlia Tierling e Lívia Schmidt
Persona
Nathana Luana Hoffmann e Bianca Ferrari
Área
Localização:
Nome do grupo:
Modelo estrutural:
5.442,5 m²
Blumenau/SC
Bianca Ferrari e Nathana Luana Hoffmann
Concreto armado

A pauta atual das discussões é construir “cidade para pessoas”, como diria Jan Gehl, renomado arquiteto e urbanista dinamarquês. Mas porque não construir pessoas para a cidade?
Persona é a idealização da escola primária para o século XXI (ano 2030). O projeto está inserido no contexto escolar da Escola Básica Municipal General Lúcio Esteves e abraça a pedagogia construtivista, desenvolvida por Jean Piaget (1896-1980); que prega o saber a partir da experiência e interação intra e interpessoal com o suporte de um ambiente estimulante.

O projeto está localizado no Bairro Escola Agrícola, ocupando um vazio urbano (com infraestrutura), livre do risco de enchentes e deslizamentos, problemas recorrentes do município desde sua fundação. No entanto, o bairro carece de equipamentos destinados a recreação e esporte, bem como áreas de parques e praças, conforme pesquisa a campo. Sugerindo assim, potenciais espaços para a proposta do anteprojeto.
Os acessos e circulações inseridos criam dois eixos longitudinais que se interseccionam, promovendo caminhos diferenciados e atrativos; conformando a transição entre o espaço público e privado, sem a construção de barreiras visuais. O projeto conta com quatro acessos para pessoas e um acesso para veículos pela Rua José Fischer. Sendo o acesso principal para os pedestres pela Praça Pública Arnaldo Machado da Veiga.

A edificação está distribuída em dois blocos, o Bloco Benjamin Constant e o Bloco José Fischer. O primeiro contém espaços para o desenvolvimento e criação, através da troca de experiências, observações, reflexões e descobertas; enquanto que o segundo bloco promove a capacitação da expressão e transmissão do ser e do saber.
Estes acompanhados de lugares integralizadores que abrigam espaços de convivência e permanência, caracterizados por amplos espaços abertos e arborizados, que despertam a curiosidade com a diferenciação de materiais e revestimentos.
O empreendimento ocupa aproximadamente 32% (5.442,5 m²) da área total do terreno (12.425 m²), permitindo que 58% seja destinado a áreas de permeabilidade pluvial. Proporcionando a interação do ser com a natureza (bosques e áreas livres).
A nova escola contará com aproximadamente 300 vagas para alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, divididos no turno matutino e vespertino. As atividades de complementação estarão disponíveis tanto para os alunos quanto para a comunidade, inclusive no período noturno. Serão alocados dois professores por sala e número de professores necessários para o acompanhamento de alunos com atenção especial.


A comunidade envolve-se nas atividades desenvolvidas na escola pela condição de permeabilidade visual proporcionada pelas grandes aberturas voltadas para o meio público. Assim como também, destinou-se lugares para a contemplação e descanso (praça, terraço jardim, pátio, jardins periféricos) com o intuito de reativar a conexão do espaço com o usuário.
Outra característica proposta foi o uso de materiais distintos para instigar diferentes sensações nos variados espaços, como fechamento em alvenaria cerâmica, painéis em madeira, pisos em madeira e concreto aparente, forrações e gramíneas, pedras ornamentais, cobertura com elementos metálicos e maciça em casca de concreto, dentre outros.

Em complemento aos ambientes construídos, e a conformação da topografia, projetou-se um anfiteatro ao ar livre e uma horta comunitária. A horta em conceito compartilhado (escola/comunidade) acompanha os desníveis e relevos da topografia local, com o uso da permacultura e do jardim medicinal, produzindo alimentos sustentáveis.

Devido a posição geográfica e climática em que o terreno se encontra, faz-se necessário o estudo de elementos de controle solar, pois a insolação é intensa e há o aumento da sensação de calor promovida pela alta umidade relativa do ar.
O terreno encontra-se em situação privilegiada, sem barreiras para os ventos e insolação, visto que as edificações do entorno são de porte baixo e a via frontal é larga.
Contudo, foi adotado em projeto estratégias para minimizar o impacto da insolação e favorecer a ventilação cruzada, como o elemento vazado na fachada leste e a circulação na fachada oeste, formando um “bolsão de ar”, no Bloco Benjamin Constant. Enquanto que para o Bloco José Fischer, optou-se pelo telhado e fachada leste verde, para amenizar a condição de calor, tendo em vista que este localiza-se próximo ao quadra poliesportiva (existente), que por sua vez intercepta os raios solares.



Dentre um dos requisitos do projeto havia também preocupação com a acessibilidade, tanto que o projeto preconiza acesso livre a todos os espaços por meio de rampas, escadas e elevadores, transformando os espaços setorizados em um único ambiente.


























