Aprender
Fazendo!
ESPAÇO CULTIVAR
Professor: Christian Krambeck e Cézar Martinelli
Localização: Rua Leopoldo Kuhn, 90 - Bairro Vorstadt - Blumenau, SC
Área total:
Acadêmicos(as): Ana Júlia Tierling e Lívia Schmidt
E.E.B Emilio Baumgart
Aline Vanessa da Silva e Yasmin Darlen Schneider
Área
Localização:
Nome do grupo:
Modelo estrutural:
1.426,09 m²
Rua Dr. Pedro Zimmermann, n° 9611 - Itoupava Central.
Aline Vanessa e Yasmin Darlen Schneider
Concreto Armado

Neste semestre projetamos uma escola voltada para o futuro, uma escola para o século XXI.
O terreno onde se localizará a Escola fica ao lado da escola E.E.B Emilio Baumgart, localizada no bairro Itoupava Central, na rua Dr. Pedro Zimmermann, nº 9611.

O primeiro passo foi pensarmos qual a pedagogia que seria aplicada na nova escola. Queríamos uma escola totalmente diferente da qual estudamos, que foi uma escola que reproduzia um modelo criado há 200 anos.
A metodologia pedagógica escolhida foi a da Escola da Ponte, devido aos seus princípios pedagógicos de criar cidadãos praticando a cidadania dentro da própria escola, exercendo a autonomia nos alunos e trazendo os pais e a comunidade para dentro deste contexto.
Na metodologia da Escola da Ponte cada estudante passa por três núcleos distintos: o de iniciação, consolidação e de aprofundamento. Na iniciação, ele é tutorado com maior frequência e passa a aprender as regras de convívio coletivo e os compromissos que assume com os demais e com o seu próprio
processo de aprendizagem. Na consolidação o estudante assume maior trânsito nos espaços e tempos da escola e passa a gerir de forma autônoma o currículo nacional destinado ao 1º ciclo do ensino básico. No núcleo de aprofundamento, as crianças e adolescentes assumem um comportamento bastante autônomo, participam do gerenciamento das suas atividades e de atividades do coletivo e assumem o estudo do currículo nacional do 2º ciclo.
Desta forma, projetamos espaços destinados para estes três núcleos, onde, em cada sala, os alunos terão acesso a livros, equipamentos multimídia, além de muita visibilidade para o exterior.

Para que os alunos se sintam mais a vontade, foram criados espaços externos as salas com o intuito de indagar, observar, criar e fazer descobertas, em ambientes mais próximos a comunidade e a natureza, aumentando a liberdade e a autonomia dos alunos.

Nesta metodologia o professor orienta o aluno no seu processo de aprendizagem, onde ao invés de disciplinas, o projeto pedagógico é dividido por seis dimensões: linguística, lógico-matemática, naturalista, identitária, artística, pessoal e social.
Desta forma, como o professor precisa ficar próximo dos alunos para aconselhar e ajuda-lo a seguir o melhor caminho, foi criada uma área de uso comum, que poderá ser utilizada tanto para o professor com o aluno, quanto para o professor com a comunidade.

Só então, após todo este aprofundamento, começamos a expor nossas primeiras ideias do projeto, definindo a forma a partir do conceito de adequar com o entorno, transformando uma forma orgânica que tivesse uma ligação nesse espaço, sem que fossem feitas grandes alterações na topografia do local.

Este projeto contém duas edificações de ,1.426,09 m², acomodando 270 alunos em dois turnos (matutino e vespertino), onde terão dois professores por sala, incluindo a área sensorial, que possuem 3 acessos diferentes para os estudantes e a comunidade, sendo eles pela rua Carlos Roesel, ou pela Boulevard, no qual é um caminho linear que ligam as ruas Dr Pedro Zimmermann com a rua Ângela Müeller, e por fim, a um acesso pela própria escola E.E.B Emilio Baumgart.

Estas duas edificações são interligadas por uma grande laje, que serve para criar um novo volume, onde as crianças, no andar superior, podem tomar sol e exercer demais atividades com uma sensação de maior liberdade, por estarem em um nível mais alto e com uma visão mais privilegiada do entorno. Já no pavimento térreo, abaixo da grande laje, há uma outra sensação: com uma luz mais filtrada, devido as aberturas feitas na laje para a passagem das arvores já existentes no terreno, para que posam continuar a crescer para o andar superior, trazendo a sensação de aconchego, calmaria, simplesmente por estar em contato com a natureza.

Estes dois blocos, além de serem interligados por esta grande laje, possuem um marco, que seria um volume de uma grande curva suave que demonstra a fluidez que possuem os caminhos que se encontram a ela.
A parede curva faz uma ligação suave com a forma do mirante, que segue as curvas do percurso do rio que passa em frente, e estas curvas acabaram sendo um elemento fundamental. Além disso, foram criadas partes vazadas nestes volumes, para que as crianças pudessem olhar o entorno e imaginar o que aquelas formas parecem ser, aguçando e despertando a imaginação.
Ao lado da Boulevard foi criado um anfiteatro com o intuito de atender as apresentações culturais da escola e, ao mesmo tempo, trazer a comunidade para este espaço antes tão desvalorizado.
Com intuito de criar uma quadra com vitalidade, ligamos as ruas Dr Pedro Zimmermann e Ângela Müeller com o caminho Boulevard, que contém uma área verde para descanso, leitura e espaço para arte (pintura e graficação nos muros demarcados), onde este caminho leva a área do mirante, que traz uma bela vista para o rio, e a praça criada em frente a escola, onde foram retirados os muros que ali existiam para promover um espaço para a comunidade, visto que não existe nenhuma praça próxima a escola. A criação deste grande conjunto traz um fluxo maior para o local, mais segurança, além de um novo atrativo para a comunidade que antes não existia.
Em relação ao conforto termo-luminoso dos alunos e professores foram utilizados treliçados de madeira tratada e certificada para proteção na fachada norte (Rua Carlos Roesel), uma parede verde localizada na fachada oeste (Rua Ângela Müeller), além de um telhado verde sobre os dois blocos com o intuito de trazer maior conforto térmico aos usuários.
Os ambientes são grandes, com aberturas com vidros translúcidos especiais para que os alunos possam observar o que está acontecendo ao seu redor, sem ter a sensação de prisão.
O ambiente remete a cor branca, com moveis coloridos, sendo adotada em todo edifício, com o intuito de imitar uma simples folha de papel branca, onde, em cada curva ou abertura que ela tem há uma cor diferente, representando um papel em branco para que os artistas que ali estão se inspirem e enxergarem através de seus rasgos os desenhos a própria paisagem.
Alem disto, toda a edificação é acessível para cadeirantes, onde o acesso para o pavimento superior é feito através de um elevador na edificação oeste, onde o mesmo poderá transitar sem problemas tanto para a grande laje, quanto para o outro edifício.
Ao lado da área de uso comum está a cozinha para a preparação das refeições dos alunos, mas não existe um espaço para cantina, pois o aluno poderá fazer a sua refeição no ambiente que se sentir a vontade, como nas salas de aula, na área externa coberta ou, até mesmo, ao ar livre, trazendo, novamente, a ideia de liberdade e a responsabilidade, pois, após feitas as refeições, caberá a cada aluno, descartar o que for reciclável e devolver as bandejas de alimento. Sem depender de outra pessoa.
Como parte do nosso fechamento, a escola projetada integrada com a E.E.B Emilio Baumgart mostra de forma simples e clara que a busca por um espaço para uma criança e adolescente pode ser feita a partir de princípios sobre o que você quer levá-lo a aprender.

























