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Professores: Cezar Martinelli e Christian Krambeck

Acadêmicas: Larissa Brack e Silva e Manoela Witte Schmitt

Área total: 668,11 m²

Localização: Comunidade da Rua Pedro Krauss Sênior, Rua Leopoldo Kuhn, Vorstadt - Blumenau - SC

Modelo estrutural: Módulos de alvenaria convencional, pilares em concreto armado, laje maciça de concreto e cobertura de madeira.

Contextualização:

O terreno escolhido está localizado na Comunidade da Rua Pedro Krauss Sênior, onde se encontrava a antiga escola estadual da região. Essa comunidade é carente de locais de convívio, permanência e lazer. Conversando com os moradores locais, foi percebido que as crianças, muitas vezes no contra-turno escolar, se encontravam desocupadas e sozinhas em suas casas. Essa mesma situação acontece com os idosos, que por serem aposentados, não têm atividades corriqueiras ao decorrer da semana. Por isso, o projeto tem o intuito de trazer atividades manuais, exposições de arte e eventos diferenciados, que possam agregar no cotidiano dessas crianças e idosos, propondo uma troca de experiências, utilizando a filosofia dos indígenas que costumavam habitar a nossa região. Acolhemos a comunidade em um espaço aconchegante, seguro e repleto de cultura, para que no fim do dia, todos possam voltar aos seus lares tendo aprendido algo novo.

Programa de necessidades:

- Áreas de convivência ao ar livre

- Um anfiteatro coberto para a realização de eventos

- Salas de aula para a confecção de trabalhos manuais

- Banheiros acessíveis

- Uma passarela para que o acesso ao Centro Cultural seja facilitado

Conceito: 

Grande parte do nosso conceito baseia-se na história indígena. O nome do projeto é Centro Cultural ĩn, pois, segundo pesquisas em um dicionário do povo Kaingang, que costumava habitar a nossa região, a palavra "ĩn" quer dizer casa, abrigo, e essa é a principal sensação que queremos passar com nosso projeto, acolhimento e segurança.

Nas aldeias, é muito valorizada a relação das crianças com os mais velhos; nas tarefas cotidianas, os mais velhos sempre levam os aprendizes para observar e então aprender com mais facilidade. Eles prezam muito toda a sabedoria que os anciãos podem passar aos mais jovens. 

Estudando os costumes indígenas, percebemos que muitas vezes os idosos que são os líderes das aldeias. E na sociedade em que vivemos, se encontram reclusos em suas casas, aposentados de seus empregos, sem muitos afazeres. Com isso, pensamos em incentivar a participação dos idosos nessas atividades, que podem ter muito a ensinar e a aprender, apenas não tem a oportunidade e o local adequado.

Nosso objetivo é proporcionar essa integração, oferecendo oficinas e cursos em que os idosos podem ensinar o que sabem e aprender coisas novas com a juventude da comunidade. Acreditamos que essa integração será muito positiva e saudável para ambos os lados, que sempre voltarão para casa sabendo algo novo. Nesses cursos serão feitos trabalhos manuais e artesanais, que poderão ser vendidos em uma feirinha que ocorrerá ao longo de todo o projeto. Nas salas, as portas janelas integram totalmente o ambiente e mesas de trabalho que podem ser realocadas para receber esses eventos da melhor maneira. O anfiteatro coberto poderá abrigar exposições artísticas, apresentações e diversas atividades culturais na comunidade.

Assim como nas habitações indígenas, procuramos valorizar mais o espaço central, fazendo com que ele seja envolto pelas coberturas, transformando as circulações em locais destinado a encontros e atividades de integração ao ar livre. A valorização da origem e da natureza também é muito forte na cultura dos índios, e é algo que exploramos no projeto.

Palavras-chave:

Acolhimento, Sabedoria, Proteção, Refúgio, Origem, Respeito aos ancestrais, Respeito a natureza, História Indígena.

Espaços:

Módulos: Os módulos retangulares dão origem às salas destinadas a cursos e aos banheiros.

Anfiteatro: No piso mais alto, foi feita uma subtração que dá origem ao local que será o anfiteatro, onde ocorrerão atividades diversas.

Praça: O piso e a rampa, conversam com a declividade do terreno, dando suporte para a construção, fazendo com que o terreno não precise de ajustes para acomodar o projeto e também criando um ponto de encontro no fragmento maior.

Passarela: A passarela é um elemento que liga a construção a natureza e ao outro lado do rio, ela é integrada com  a praça externa e toda a circulação, também pode ser utilizada como um espaço para contemplação da vista natural, visto que o fluxo de pessoas a princípio não será elevado nesta área.

Acessibilidade: 

Para que todos possam se movimentar com facilidade, o projeto foi feito com rampas, passarelas, espaços sem barreiras, o que o torna 100% acessível a deficientes físicos. O banheiro tem o espaço necessário para que um cadeirante possa utilizá-lo sem problemas, e as salas, por serem versáteis, possuem aberturas que podem ser exploradas como for necessário e mobiliário que podem ser dispostos no espaço de diferentes maneiras.

Mobiliário Urbano:
O mobiliário foi feito pensando nas formas da natureza e da edificação. Eles têm o propósito de trazer conforto e formatos fluídos ao espaço, fazendo com que qualquer lugar possa se tornar um ambiente de convívio e permanência.

Estrutura:

Na parte estrutural trabalhamos com pilares de concreto para sustentar a cobertura, as lajes inferiores maciças e a passarela. A cobertura foi feita em madeira, trabalhamos uma malha estrutural com chapas de madeira trançadas, o que facilita a existência de vazios e balanços. Os módulos foram feitos de alvenaria convencional, com sistema de laje-viga. 

Centro Cultural ĩn
Centro Cultural ĩn
Centro Cultural  ĩn
Centro Cultural  ĩn
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