CONNECTA
Professor: Christian Krambeck e Cézar Martinelli
Localização: Rua Marcelino Schneider
Área total: 420.54 m²
Acadêmicos(as): Gabriela Sieves Nort e Maria Eduarda Volkmann
Ano: 2020
Área do terreno: 4.000 m²
Situação: Uma frente
Geometria: Irregular
Topografia: Declive acentuado
Testada principal: 40 m²
Área do primeiro pavimento: 312.49 m²
Área do segundo pavimento: 108.05 m²
Arquitetura e Urbanismo FURB - Ateliê V
Cliente: Comunidade Pedro Krauss
O termo comunidade é muito semelhante ao de coletividade, um grupo de pessoas com um objetivo em comum, indivíduos que compartilham algo. Para a comunidade Pedro Krauss estes termos são presente em seu cotidiano, já que os moradores estão sempre dispostos a ajudar um ao outro, visando o bem estar social.
Para o desenvolvimento do projeto foi levado em consideração o tema economia criativa e as potencialidades da região a qual ele seria inserido. Na Rua Marcelino Schneider, defronte ao CEI Pedro Krauss, creche pública da comunidade, e da Capela Bom Jesus, encontra-se um terreno em que atualmente a parte plana é utilizada como estacionamento, desperdiçando por sua vez uma área nobre próxima a vários pontos movimentados, que poderia estar sendo utilizada pela comunidade.

O objetivo foi criar um espaço de convivência para as pessoas, no qual elas pudessem interagir não apenas entre elas, mas também como comunidade. Para tanto, foi escolhida a proposta de um local onde aconteceriam feiras comunitárias durante a semana, em que os próprio moradores da comunidade pudessem organizar o funcionamento, desde o preparo até a venda de alimentos produzidos e plantados por eles. Além do espaço de cultivo e venda dos produtos, o projeto ainda disponibiliza um espaço para capacitação, a partir de um aprendizado construtivo que poderia acontecer por meio de palestras, tanto de gerenciamento quanto de produção, aulas práticas e trocas de experiência, garantindo assim melhor desempenho profissional.

A proposta:
A proposta consiste em alterações de cortes no terreno apenas para tornar possível a implementação do projeto, preservando ao máximo a topografia. A edificação foi posicionada de forma que se encaixasse a topografia e fizesse melhor uso do espaço, aprimorando ainda o entorno com a implementação de calçada, paisagismo e iluminação artificial ao escurecer, o que torna o projeto ainda mais convidativo, dando preferência ao pedestre, e atividades para que as pessoas possam se relacionar no espaço.

A implantação e a forma da edificação se sucedeu de modo que acompanhasse a topografia do terreno, criando uma conexão orgânica com o entorno. O desenvolvimento da volumetria ocorreu a partir da combinação de volumes com tamanhos e formas diferentes, como é possível identificar na primeira imagem. Para melhorar sua harmonia foram feitos alguns recortes, alguns desníveis e ajustes nos tamanhos, que podem ser observados na segunda imagem.

O projeto é dividido em 4 ambientes, conectados por dois eixo de circulação vertical localizados ao lado direito da edificação. Estes eixos são compostos por uma escada e uma rampa dispostas em u, o que torna o acesso universal, sem destoar a essência do projeto, visto que a escada é composta por retângulos de tamanhos variados, que remetem a edificação, e a rampa se enquadra a topografia, sem prejudicá-la de maneira excessiva.

No primeiro pavimento, uma abertura grande feita com portas de bambu, material que não destoa da paisagem ao redor, abundante e renovável, dá-se entrada a um amplo vão livre onde aconteceriam as amostras e venda dos alimentos. Os produtos seriam expostos em mesas grandes feitas em materiais leves, como o metal para os pés e o MDF para o tampo, facilitando a mudança do layout de exposição. O espaço ainda conta com um lounge de apoio, local de descanso para idosos, gestantes e pessoas portadoras de deficiência, e banheiro masculino e feminino adaptados. As aberturas permitem um fluxo intenso de pessoas, além disso, a entrada de luz natural, a renovação do ar e a interação do ambiente interno e externo.
No lado de fora, encontra-se um ambiente de convívio, com mesas e cadeiras cobertas por um pergolado com vegetação, que proporciona sombra e diminui a intensidade do vento, gerando mais conforto para as pessoas que vão utilizar o espaço.

A horta foi disposta em dois lugares com formas de plantio diferentes, uma de plantio em canteiro elevado presente na rampa, e a outra entre a escada e a rampa com plantio direto no solo, elas conversam entre si, tanto através do formato quanto por uma passagem que conecta as duas. O plantio em canteiro é destinado a hortaliças de menor porte, já o plantio direto no solo para hortaliças de maior porte.

O segundo pavimento é constituído por uma sala para palestras, reuniões administrativas e afins, uma cozinha de apoio para cafés, descontração e interação. Ademais, uma dispensa para guardar os materiais utilizados nas hortas.

Os cortes permitem uma percepção melhor do espaço interno, evidenciando as entradas e a disposição dos ambientes, a forma com que se chega no andar superior, a cobertura e as diferenças entre um nível e outro.
Nas fachadas é possível perceber a disposição dos materiais, a forma com que eles se relacionam e que cada fachada é diferente, com peculiaridades próprias, Além do paisagismo proposto.

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