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Estúdio de Dança  Urbano

Carolina Brait & Jennifer Germano

Projeto: Estúdio de Dança

Localização: Rua Pastor Oswaldo Hesse, Ribeirão Fresco, Blumenau- SC

Equipe: Carolina Brait e Jennifer Germano

Área Construída:  290 m²

Ano Projeto: 2017

Modelo estrutural: Estrutura de madeira com paredes de alvenaria convencional.

O projeto é um espaço de convívio para as crianças e jovens do MAD, tornando-se um ponto de encontro em um ponto central da comunidade. No local ocorrem trocas de ideias e experiências por meio da dança. Através dela, é possível aprender sobre diversas culturas, além de ser um exercício para a mente e o para o corpo.

 

 “A expressão através da dança veio estabelecer o elo inicial da comunicação coletiva, permitindo o agrupamento, a preservação e a cooperação entre os povos primitivos. Através desta forma de comunicação foi possível, ao homem primitivo, desenvolver seu potencial interno, num sentido intelectual, social e cultural, adquirindo gradualmente, senso de organização, ordenação, divisão de trabalho, estruturando e amadurecendo o seu caminho evolutivo, dentro de um esquema coletivo. (BERTONI, 1992, p.08).

 

Historicamente, a dança foi fundamental para estabelecer uma interação social desde os tempos primórdios. Sendo assim, o projeto não poderia deixar de ter diferentes espaços que incentivassem essa relação entre as pessoas. Ele conta com uma sala interna, uma sala/palco externa e diversos outras áreas menores para permanência.

O terreno é uma esquina da Rua Pastor Oswaldo Hesse no bairro do Ribeirão Fresco, em Blumenau. É um ponto estratégico da comunidade que hoje encontra-se vazio.  Em sua maioria o terreno é plano contando apenas com um desnível nos fundos. Nessa parte também conta com uma quantidade grande de árvores de médio/grande porte.

Para desenvolvimento do projeto alguns conceitos ganharam destaque. A valorização da natureza, projetar sem muito modificar o terreno atual. Edificação adaptada e materiais que não causam impactos ambientais. Apenas algumas árvores foram retiradas da parte da frente do terreno, porém outras foram plantadas no lugar.

A relação do interior e exterior. Ambientes mais livres sem muitos fechamentos, utilização em grande escala do vidro para manter uma permeabilidade visual. E adaptações para aproveitar ao máximo tanto a luz natural como a ventilação. Para valorização da permanência da comunidade no ambiente a solução foi a criação de diferentes espaços agradáveis, com assentos sempre próximos a árvores ou a coberturas.

O programa de necessidades do projeto traz espaços internos e externos, assim como um vestiário. O deck é uma área com diversas finalidades. Serve de passagem, permanência através de seus bancos e de apoio tanto a sala fechada (as portas-janelas de grandes dimensões quando abertas permitem ampliar a sala para o deck) quanto ao palco.

Foi feito uma sala para ensaios, aulas e utilização em modo geral que precisem ser em ambiente fechado e com proteção. Ela tem um pé direito alto com portas janelas que permitem a entrada de luz natural durante todo o dia, assim como deixa livre para realizar, caso desejado, uma ventilação natural cruzada. No lado voltado para a fachada norte, apesar das grandes árvores da parte de trás do terreno que também ajudam, foram postos nas portas brises fixos que auxiliam no controle da luminosidade excessiva.

A sala externa/palco é um espaço voltado a apresentações e atividades de maior porte. É uma área de destaque que acompanha a esquina da rua criando uma integração do mobiliário urbano com o entorno. Foram feitos bancos à frente com árvores que criam sombra para o observador.  

São dois vestiários, um feminino e outro masculino. Cada um contam com dois sanitários sendo um adaptado para deficientes, e um box de chuveiro. A janela é comprida e pega toda largura do banheiro criando uma abertura agradável e de fácil circulação de ar. Na parte da entrada do lado de fora, próximo as portas, possui sofás de pallets que podem ser usados como sala de espera entre as atividades, ou de algum parente.

A parte estrutural é composta por madeira do tipo eucalipto provenientes de reflorestamento e recebem um tratamento industrial que aumenta sua resistência prolongando sua vida útil. As fundações são formadas por sapatas isoladas retangulares de concreto assim como os pilares que apoiam o deck.

As ligações entre os pilares e a estrutura do telhado são feitas por encaixe que é o meio mais tradicional e mais utilizado pois são econômicos por não utilizarem materiais adjacentes. Entretanto, esse método requer mão-de-obra especializada.

 

As demais ligações são fixadas por pinos metálicos. Eles são eixos cilíndricos de aço colocados nos furos feitos à máquina nas ligações. Esses furos precisam ser menores que os pinos para serem instalados sem folga de uma forma que entrem em carga sem haver deformação relativa das peças ligadas.

O telhado é do tipo borboleta, com um lado maior que o outro. Ele contém duas quedas d’água que se encontram em uma calha central. Esta possui apenas um lado de escoamento. A estrutura é toda feita de madeira e a telha utilizada é a Topsteel Trapezoidal da cor branca. Este modelo de telha metálica conta com uma alta durabilidade, leveza, conforto térmico (garantido pela reflexão dos raios solares) e acústico, além de não serem caras. Com ela o uso de forro torna-se dispensável. Seu peso em média é de 3,17 kg/m² e sua inclinação mínima é de 15%.

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