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CO • KIDS

O LOCAL

O projeto do espaço COKIDS foi inserido no Loteamento Sol Nascente, região mais conhecida como Morro da Pedreira.  A implantação foi pensada com objetivo de criar um ambiente de convivência no centro da comunidade, em um ponto marcado por um virador, em um espaço que apesar de sofrer com os traços do esquecimento (sem pavimentação adequada, iluminação precária e pouca vegetação) é um ponto culturalmente importante para os moradores, onde ocorrem por exemplo, as festividades de final de ano desde meados dos anos 80. Outro fator que valoriza o espaço escolhido, é por ser de fácil acesso, possuindo ligação com várias vias, além de uma grande escadaria, que permite interação com a parte mais alta do Morro.

O CONCEITO

Em uma época onde o individualismo e a falta de empatia dominam nosso dia a dia e definem o destino da população, devemos buscar a volta do pensamento coletivo e do trabalho em equipe. É com este propósito que o COKIDS acredita fazer a diferença no dia-a-dia da comunidade. Juntando a interação entre as crianças, a convivência com diferentes personalidades e faixas etárias com a criatividade, busca-se através do trabalho coletivo, instigar e atribuir maior autonomia para cada criança, criando uma espécie de Coworking Infantil. Desta forma, irão aprender a escutar e respeitar umas às outras, através de atividades cotidianas, como por exemplo realizações de tarefas escolares em grupos, rodas de conversas e práticas de intervenções na comunidade.
 

Será permitido e incentivado, o voluntariado dos pais e moradores da comunidade, para auxiliarem as crianças em suas atividades, porém não esquecendo do real objetivo, que é proporcionar um espaço de exercício da independência e do autoconhecimento, em prol da antropologia evolutiva.
 

“[...] Devemos criar o mais propício ambiente para que a criança eduque-se junto a nós, da maneira como ela precisa educar-se por meio de seu destino interior.” - Rudolf Steiner

Área :

Localização:

Nome do grupo:

Modelo estrutural:

348,9m²
Rua José Isidoro Corrêa, Ponta Aguda - Blumenau/SC

Anna Carolina Uessler e Júlia Luiza da Silveira

Concreto Armado, Alvenaria de Pedra Aparelhada e Alvenaria Convencional

Imagem do virador nos anos 80.

Clique no ícone para uma imersão 360º

Anna Carolina Uessler e Júlia Luiza da Silveira

O PROJETO

Após uma análise geral da comunidade, concluiu-se que a área escolhida seria supervalorizada com a concepção projetual, criação de uma praça e cuidado urbanístico.

Para a implantação, foram escolhidos dois lotes na Rua José Isidoro Corrêa, onde um deles, foi necessária a realocação de uma residência, em prol da criação de um espaço com potencial positivo para todos os moradores da comunidade.  O projeto conta com a parte área interna, priorizando as crianças e a externa, proporcionando uma área de lazer para a comunidade.

A edificação de apenas um pavimento, conta com duas setorizações principais: Área de Apoio (2 Banheiros e Copa) e a Área de Vivência (Espaço com mesas, puffs, acervo de livros e bancada com computadores).

A copa foi pensada para servir de apoio no preparo de lanches rápidos. Possui também dois banheiros, sendo um adaptado para cadeirante.

O uso de paredes sólidas dentro da edificação foi evitado ao máximo, a fim de criar um amplo espaço de convivência, que permite a autonomia e interação na escolha das atividades.


Com a implantação do construção no terreno, foi vista como alternativa para ampliação, a criação de uma praça para incentivar o convívio entre os moradores, afinal, não existem espaços urbanos como esse na região. O mobiliário de concreto de formas orgânicas, busca trazer um estilo divertido e aproximar-se ao desenho topográfico, quando visto em planta.

O cuidado e brincadeira com a topografia existente, proporcionou uma apropriação divertida da parte externa da edificação, criando uma linearidade, permitindo que as crianças acessem o telhado verde pela plataforma curva de grama, estimulando a curiosidade.

A REVITALIZAÇÃO

Com o projeto de revitalização, foram implantadas luminárias de LED; A escolhida foi projetada por uma equipe de designers da empresa italiana Vinaccia Integral Design, e necessita apenas de energia renovável para seu funcionamento podendo gerar até 100W de energia verde. Abrangem uma área de 16m², e têm vida útil de 100 mil horas. Além disso, conta com fiação subterrânea, que além da vantagem estética, é mais segura.

 

Além do cuidado com a iluminação, foi criado uma proposta de arborização e as vias passaram por um processo de estreitamento, cuidado com a pavimentação e implantação de calçadas (antes inexistentes); Um diferencial é que a rua ficará no mesmo nível da calçada e demarcada em  2 diferentes tons de pavimentação, o que direciona os condutores à redução da velocidade.

Para pavimentação foi escolhido o Piso Intertravado de Concreto, que conta com vantagens como: durabilidade, pouca manutenção, ecológico e rentável, drenante, antiderrapante (ideal para deficientes físicos e ambientes escolares), entre outras...

Foi criado também um ponto de descanso em meio ao virador, que permite a socialização dos moradores que estejam de passagem pelo local sob um banco sombreado.

ANTES X DEPOIS

ANTES X DEPOIS

OS MATERIAIS

Buscou-se utilizar os materiais em sua forma mais “pura”, valorizando suas características como acabamento estético e também estruturalmente. Os mais marcantes, são:
 

Pedra: além de vantagens como, a durabilidade, beleza, pouca manutenção e auxilio no conforto térmico interno, é também um material que faz referência histórica à comunidade, que leva seu nome (Comunidade da Pedreira), devido à uma pedreira de extração presente próxima à edificação.
 

Concreto Aparente: beleza arquitetônica e economia de serviços posteriores.
 

Cimento Queimado: flexibilidade, custo, durabilidade e aspecto final.
 

Vidro: aproveitamento da luz natural, leveza e permeabilidade visual.
 

A combinação desses materiais, deu um estilo mais industrial à edificação, integrando-se assim ao conceito de um espaço que pode ser considerado também, uma fábrica de novas ideias.

CONFORTO TÉRMICO E LUMINOSO

Foram utilizados no projeto recursos que visam melhorar o conforto ambiental da edificação, como por exemplo:
 

- A parede de pedra e o telhado verde, levando em conta o clima da região, foram boas saídas para a manutenção da temperatura interna, evitando ao máximo o uso de ar condicionado.
 

- Apesar das diversas aberturas, nas fachadas Sudeste, Nordeste e também uma abertura no telhado (que foi disposta com uma rede para descanso das crianças, permitindo visualização dos colegas dentro da edificação de uma forma mais lúdica), os equipamentos de controles solar (beiral e elemento vertical) foram calculados de forma que a incidência não prejudicasse o conforto interno, mas sim, valorizasse a luminosidade natural, podendo assim, reduzir gastos com energia. Outro fator, é a implantação no terreno, de forma que o sol da tarde não incida diretamente nas aberturas, pois é barrado pelo morro e pela vegetação encontrada nos fundos do terreno.

CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS ATRAVÉS DO TELHADO VERDE

Vive-se em uma era de degradação sem preocupação ambiental, e cada vez mais buscam-se alternativas compensatórias nas edificações como tentativa de minimizar o impacto antrópico no meio ambiente. A utilização de coberturas verdes podem ser uma solução sustentável, que contribuem positivamente em diversos aspectos, sendo um deles, a captação de água pluvial.

Como a água captada pela cobertura possui uma melhor qualidade (devido as diversas camadas da cobertura funcionarem como uma espécie de filtro), esta pode ser utilizada para finalidades não potáveis, acarretando na redução das contas de água, entre outros benefícios.

Resumidamente, o processo ocorre nas seguintes etapas:
 

1 Captação através do telhado verde; 
2 Pré-filtro que impede o entupimento dos canos de descida; 
3 Tubos de descida da água captada;
4 Filtro; 
5 Reservatório de armazenagem inferior; 
6 Ladrão do reservatório com ligação à rede pública; 
7 Sistema de bombeamento para o reservatório superior; 
8 Reservatório superior; 
9 Distribuição da água nos pontos não potáveis da edificação.

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