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ESPAÇO CULTIVAR
Professor: Christian Krambeck e Cézar Martinelli
Localização: Rua Leopoldo Kuhn, 90 - Bairro Vorstadt - Blumenau, SC
Área total:
Acadêmicos(as): Ana Júlia Tierling e Lívia Schmidt
Um novo espaço para a Arquitetura - Arq & Urb / FURB
Letícia & Raquele
Localização: Blumenau, SC - Brasil
Área de reforma: 831,69 m²
Área de ampliação: 1650,67 m²
Modelo estrutural: Estrutura reticulada de aço
com vedação em placas cimentícias.
Nome do grupo: Letícia Merini Mengarda
Raquele Giovana Conti

Apresentação de projeto de reforma e ampliação do Bloco N – antigo ambulatório da Universidade Regional de Blumenau / FURB – para um novo espaço do Curso de Arquitetura e Urbanismo.
“Menos é mais”, já dizia o arquiteto Mies Van der Rohe. Foi a partir deste princípio, aplicado ao estudo de formas simples e sem complexos ornamentos que o conceito do projeto se desenvolveu. De maneira geral, a construção pode ser dividida em duas partes: o bloco N – existente no local – e o bloco novo. Ambas são constituídas por formas retangulares sem grandes subtrações ou adições. Estas duas partes juntas formam o conjunto principal do projeto, onde a ligação entre elas se dá através de mezaninos metálicos. A escada principal que dá acesso aos dois pavimentos está localizada no centro dos mezaninos, de fácil visibilidade. A forma chanfrada na volumetria da maquetaria e do térreo do bloco novo, pode ser explicada em uma só palavra: visibilidade. Assim, é possível obter um campo de visão maior dos espaços quando a forma não é inteiramente fechada / quadrada.

(Á esquerda – bloco novo. Á direita – bloco N).
Os aspectos do antigo bloco de Arquitetura – o Galpão de Arquitetura –, que faziam do mesmo um ambiente único e especial, foram analisados fielmente. A essência do antigo Galpão foi meticulosamente planejada para que ao longo do projeto, não fosse perdida. Desta forma, pode-se identificar espaços abertos e conectados – como a cozinha, sala dos professores, térreo, salas de ateliê e sobretudo os mezaninos -, com áreas para descontração – como puff’s e redes de balanço. Optou-se por manter a característica mais forte do galpão: a interação.
Os espaços são multifuncionais, amplos e flexíveis, conectados entre si e a o meio em que se está inserido. Arquitetura contemporânea, simples em sua forma pura com aberturas estratégicas para proporcionar conforto. Materiais como aço, concreto, madeira e vidro estão presentes em todo o bloco, visando transmitir flexibilidade, estabilidade, aconchego e liberdade.
Outro passo para a definição do novo bloco da Arquitetura iniciou-se com o quesito fluxos – era necessário pensar em um lugar que propiciasse a sensação de liberdade e ao mesmo tempo, pertencimento ao local. Que estivesse interligado com o restante da universidade e entorno, onde qualquer cidadão pudesse entrar para conhecer este novo espaço.
Optou-se pela escolha da estrutura metálica - e vedação com placas cimentícias - como método construtivo. Os principais fatores que influenciaram na escolha da mesma podem ser definidos pela sua rapidez de construção, a limpeza no canteiro de obras, sua leveza e sobretudo dimensionamento. Por se tratar de grandes vãos, a estrutura reticulada de aço tornou-se a melhor opção por possuir dimensões menores. A escolha em manter a estrutura dos pilares aparente se dá pelo fato de se tratar de uma faculdade de Arquitetura, tornando necessário o entendimento de estruturação e de materiais, o que justifica a visibilidade construtiva. Dessa forma, as pessoas poderiam procurar entender o projeto e seu funcionamento pelo simples fato de olharem para o mesmo.

(Sala de ateliê com estrutura de pilar aparente)
O telhado e seu contraventamento também são feitos de estrutura metálica. A coloração amarela deste último foi escolhida justamente para destacar a estrutura, levando em consideração que o restante é em tons escuros. A cobertura metálica possui apoios no bloco novo e nos pilares do bloco N. O contraventamento com os pilares metálicos no N tornou-se necessário para a estabilidade do telhado.

(Enfoque nos apoios da cobertura nos blocos N e bloco novo, respectivamente).

(Contraventamento do telhado com estrutura metálica)
O térreo é amplo e aberto. Ao mesmo tempo em que está conectado com a universidade e o bloco de Arquitetura, encontra-se visível à cidade. A utilização de dois grandes pilares redondos de concreto armado dão ao projeto um grande enfoque neste pavimento. Nele, há espaço para descanso, estudos e lazer. É possível encontrar grandes mesas, vegetação, poltronas e até mesmo escaninhos para as necessidades dos que frequentam o local. Além disso, há a criação de painéis em chapas de compensado, suspensos e dispostos de modo a servir para a exposição de trabalhos e atividades. O auditório também situa-se no térreo, e é levemente inclinado para baixo do nível da linha de terra.

(Térreo com áreas para descanso e ao mesmo tempo, estudo)

(Espaço para a realização e exposição de trabalhos. Logo atrás, os dois grandes pilares)
É importante destacar o uso da edificação já existente na esquina do terreno como um ponto de comércio/café. A colocação de mesas em torno da edificação e a passagem de pessoas em vista disso auxiliam na interação entre universidade/cidade.

(Café na esquina, próximo à universidade e à cidade)
Os fluxos entre a universidade, o campus de Arquitetura e a cidade foram diretrizes importantes em diversas tomadas de decisões do projeto. Entre elas, cita-se a interação entre os dois blocos (N e bloco novo) com o bloco J. Esta, se dá através de dois meios principais – a criação de um acesso no interior do N, ligando com o térreo do bloco J e a implantação de uma passarela na cobertura do N, ligando com o terceiro andar do bloco J.
Dessa maneira, pôde-se garantir uma universidade totalmente conectada entre si e entre a cidade que a circunda.

(Escada de ligação J-N)

(Passarela de ligação J - Cobertura N)
A cobertura do bloco N, como mencionada anteriormente, possui ligação com o terceiro andar do bloco J. O conceito de interligar os blocos – seja por térreo ou cobertura – está baseado na conexão entre cursos, ou seja, um espaço a ser utilizado não só pelos estudantes de Arquitetura mas também por alunos de outras áreas. Com lugares para descanso, é possível usufruir do ambiente para a realização de trabalhos acadêmicos ou simplesmente para “dar um break” nos estudos e renovar as energias.

(Espaços para permanência – cobertura)

(Espaços para permanência – cobertura)
Para as melhorias de conforto, sobretudo térmico e acústico, o projeto conta com a utilização de uma parede verde e de um brise horizontal na fachada L-Nordeste (fachada frontal), pois é a região com maior incidência de raios solares. A parede verde é sustentada por uma estrutura metálica e possui vegetação em sua maior parte. Já o brise, contém 43 placas horizontais de madeira para a proteção adequada do sol.

(Parede verde com estrutura metálica +brise)
Em questões de acessibilidade, é possível perceber que ao lado esquerdo do projeto há uma escadaria com rampa visando não só o fácil acesso, mas também a estética e a valorização do espaço. Houve a colocação de bicicletários em ambos os lados do bloco.

(Escadaria + rampa)
Falar sobre o curso de Arquitetura e Urbanismo e não mencionar a maquetaria – área destinada para a realização de maquetes – é esquecer de uma das partes mais importantes para a formação acadêmica dos arquitetos. É válido lembrar que a teoria e a prática andam juntas, por isso, somente salas não bastam. A necessidade de haver um espaço para que os alunos coloquem em prática o que aprendem no papel é fundamental. Desta forma, a maquetaria foi projetada visando grandes espaços para a circulação em seu interior. Possui um mezanino com área de mesas e afins, e uma escada em caracol que liga o mesmo com o térreo do ambiente. Possui acesso pelo térreo e através do mezanino. As grandes fachadas envidraçadas estão dispostas em áreas de menor incidência do sol, com a finalidade de mostrar para a universidade o processo de realização de maquetes e trabalhos dos acadêmicos do curso.

(Fachadas envidraçadas – transparência à universidade)

(As duas entradas de acesso para a maquetaria)
Pode-se afirmar que o novo espaço para o curso é aberto para a cidade e para si, simultaneamente. Simplicidade e sofisticação – juntas em um projeto só.













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