Aprender
Fazendo!
ESPAÇO CULTIVAR
Professor: Christian Krambeck e Cézar Martinelli
Localização: Rua Leopoldo Kuhn, 90 - Bairro Vorstadt - Blumenau, SC
Área total:
Acadêmicos(as): Ana Júlia Tierling e Lívia Schmidt
Aprender Fazendo!
O que é o movimento Maker e sua influência na educação.

Movimento Maker. O que é?
O movimento maker é uma evolução do “Faça Você Mesmo”, que se apropriou de ferramentas tecnológicas como a placa Arduíno, impressoras 3D, cortadoras a laser e kits de robótica, prototipação e fabricação de produtos, soluções e projetos. A internet, ao conectar “fazedores” e facilitar a divulgação de vídeos e manuais de experiências, também foi responsável pela popularização da cultura.
Em muitas escolas, aulas teóricas estão sendo trocadas por atividades e projetos em laboratórios, que proporcionam uma experiência transdisciplinar e engajadora. Tanta invenção precisa ser associada ao conhecimento. Algo que valoriza a experimentação torna o aprendizado muito mais significativo, além de desenvolver competências muito importantes, como a criatividade, autonomia e empatia.
A cultura maker não está direcionada, apenas, a criações tecnológicas, uma simples prateleira usando restos de caixotes são uma forma de “fazer você mesmo” ou até mesmo expandir um determinado assunto a ideias criativas e um bom conhecimento.
Assim, promovem a interdisciplinaridade, fazendo com que o aluno entenda tudo o que envolve um processo de criação. É a chamada educação mão na massa. De fato, muitos educadores vêem, na cultura maker, uma forma de resolver problemas graves enfrentados pela Educação. Entre eles, a desmotivação, uso de técnicas antiquadas, além de pouca relação do que se aprende na teoria com o mundo real. Por isso, é mais do que urgente tirar o estigma de que a sala de aula é um ambiente monótono.
A cultura maker, de fato, já é aplicada nas escolas, a verdade é que, com poucos recursos, é possível inserir o aluno nesta filosofia, proporcionando maior grau de aprendizado, entre muitos outros benefícios!
Quando foi a última vez que você criou alguma coisa com as próprias mãos?
A grande vantagem da cultura maker é ter estratégias que podem ser usadas do ensino fundamental ao superior. Principalmente com as crianças, é possível criar um ambiente colaborativo no qual uma ajuda a outra no processo de aprendizagem.
Foi isso que fez o professor de matemática do 8° ano, Marco Antônio Vieira.
Cerca de 78 alunos de duas escolas públicas de Blumenau (EBM Gal Lúcio Esteves, no bairro Escola Agrícola, e EBM P. João Joaquim Fronza, no bairro Itoupavazinha), ambos do 8° anos, foram desafiados a elaborar um projeto que trata os eixos de arquitetura, paisagismo, urbanismo e estética meio a problematizações didáticas no estudo de polinômios e geometria analítica. O projeto foi dividido em 6 etapas:
1ª Exposição dos conceitos de álgebra básica e geometria analítica próprios do nível escolas. Apresentação dos conceitos de planta baixa, uso de polinômios, escala e proporções entre medidas e áreas que compõe uma planta baixa. Definição de plano, reta, ponto, área sobre o plano e medidas genéricas.
2ª Sorteio de desafios a serem batidos: O desafio consistia no perfil do cliente, ambiente natural, meio social e requisitos, e foram desde um apartamento para 8 pessoas com adversidade de mobilidade e conforto, até um sítio sustentável com alternativas de aproveitamento de energias limpas e renováveis.
3ª Construção do layout da planta baixa e determinação de variáveis e proporções com o auxílio do professor.
4ª Pesquisa bibliográfica sobre paisagismo e urbanismo, debate e construção de uma ficha de soluções, que consistia em uma lista de aspectos do cliente, da obra, determinação dos materiais a serem utilizados, recursos humanos e financeiros estimados, impactos sociais, ambientais e urbanos e as soluções para cada impacto apresentado.
5ª Construção de maquete física conforme o layout da planta baixa com as soluções apresentadas.
6ª Palestra com profissional e acadêmicos do 5° período do curso de Arquitetura e Urbanismo da FURB sobre o tema: paisagismo, urbanismo e estética, e uma exposição dos trabalhos para toda a escola.
Nessa última etapa, alunos do 5° período do curso de Arquitetura e Urbanismo da Furb, foram convidados pelo professor de matemática, Marco Antônio Vieira, a realizar uma palestra para os alunos do 8° ano, a idéia era provocar os jovens a pensar na arquitetura e como ela poderia influenciar a cidade. Logo após, foi organizado uma roda de conversa, onde alguns alunos mostraram seu ponto de vista em relação ao local onde moram e os acadêmicos firmaram a idéia de que torna-se cada dia mais importante a construção da cidade pensada para PESSOAS.
Considerações do professor responsável: "O presente projeto transpôs a sala de aula e articulou não só os conceitos algébricos e geométricos, mas explorou a criatividade, autonomia e alavancou olhares para uma belíssima profissão, seus desafios e sua função transformadora na sociedade. Alcançamos o nosso objetivo pois levamos ao educando o aprendizado pela interferência nos fenômenos cotidianos enquanto busca e transformava informações, conceitos e procedimentos em atitudes." Marco