CONNECTA
EIXO VIVO
O PULSAR DO ESPAÇO
Localização: Rua São Paulo, Itoupava Seca, Blumenau;
Área do terreno: 2.940m²;
Área total construída: 1.744m²;
Acadêmicos: Carla Eduarda Nobre, Isabelle V. M. Vilaça e Stefanie Manerich de Souza;
Professores: Karol Carminatti, Christian Krambeck, Ketlin Montanari.
Disciplina: Ateliê V: Redes e Conexões com a Comunidade.
CONTEXTUALIZAÇÃO
A área compreendida entre o Campus 2 da FURB, o Rio Itajaí-Açu, a Casa Salinger que será restaurada e transformada em museu, a Casa da Manteiga futura exposição a céu aberto e o Centro de Inovação de Blumenau, localizado na Rua São Paulo, configura um eixo estratégico que conecta educação, tecnologia e patrimônio. A presença da universidade, do centro voltado ao empreendedorismo e dos elementos históricos cria um cenário fértil para a inovação e a sustentabilidade, integrando passado e futuro em um espaço urbano dinâmico, criativo e colaborativo.
CONCEITO
Entre a rigidez da cidade e o fluxo orgânico da natureza, emerge um eixo pulsante, um campo onde a inovação respira e a matéria constrói vínculos. O CIB 2 não se impõe ao espaço: ele vibra com ele. Integra-se ao tempo, às tramas visíveis e invisíveis que ligam o saber à criação, o passado à invenção. O “pulsar” revela-se na cadência dos encontros, nos vazios que acolhem, nas superfícies que absorvem luz e vida. O “eixo vivo” é continuidade e ruptura: trilho fértil onde a cidade germina novas formas de existir. Mais que edifício, o projeto é organismo: respira natureza, exala conhecimento. Um coração que pulsa inovação, natureza e comunidade.

O moodboard do projeto traduz a integração entre natureza e inovação por meio de materiais como madeira, concreto aparente e tons escuros. A paleta reforça aconchego, sofisticação e conexão com o entorno, enquanto a vegetação e os brises trazem conforto ambiental e leveza, refletindo uma arquitetura contemporânea, funcional e sensorial.
O PROJETO
Organizado a partir de dois blocos principais, o projeto é estruturado por um boulevard central aberto, que atua como espinha dorsal do conjunto, promovendo a integração entre as edificações, o ambiente natural e os fluxos urbanos. Esse eixo é um fator crucial para o desenvolvimento dos caminhos que conectam o projeto ao seu entorno imediato, criando uma ampla praça central que articula os acessos e oferece diversos espaços de permanência ao ar livre.

Bloco 1, localizado próximo à entrada principal, abriga no térreo um café e restaurante com mesas dispostas também no exterior, promovendo o uso público e a ativação da rua. Sua volumetria se abre para a praça, acolhendo o pedestre e reforçando a fluidez entre interno e externo.
Bloco 2, voltado para a margem do rio, dispõe no térreo de um espaço de coworking que se estende até um mirante com vista privilegiada para o Rio Itajaí-Açu, proporcionando um ambiente de trabalho criativo e contemplativo em contato direto com a paisagem natural.

O segundo pavimento abriga salas de trabalho distribuídas nos dois blocos e um auditório central em pilotis, que conecta as edificações e serve como ponto de encontro para eventos e apresentações. Equipado com brises móveis, o auditório permite o controle da luz natural, adaptando-se às necessidades específicas de cada uso. Complementando a experiência, sacadas suspensas funcionam como áreas de descompressão, oferecendo contato direto com o exterior e promovendo o bem-estar dos usuários em um ambiente mais leve e integrado à paisagem.

O terceiro pavimento dispõe de salas de trabalho, uma copa e sacadas suspensas que oferecem espaços de descompressão e contato com o exterior. No coração do pavimento, um jardim suspenso conecta os dois blocos, integrando o ambiente e trazendo a natureza para dentro do edifício.

O mobiliário foi pensado para unir conforto e inovação, com tons de verde que reforçam a conexão com a natureza, formas curvas que trazem leveza aos espaços e o uso da madeira, que equilibra aconchego e modernidade. Essa composição valoriza o design biofílico e cria ambientes funcionais e acolhedores.
ESTRUTURA
A estrutura da edificação foi concebida com o uso de concreto aparente e pilares que reforçam uma estética robusta, moderna e expressiva. As lajes foram projetadas como lâminas, criando leveza visual e valorizando a horizontalidade do conjunto. Na cobertura, um eco telhado foi incorporado.
VEGETAÇÃO
Foram escolhidas espécies nativas brasileiras: jabuticabeira, ipê-roxo e ipê-amarelo, que aliam beleza, simbolismo e sustentabilidade. A jabuticabeira traz um caráter afetivo e acolhedor, com sombra e frutos. Os ipês, com suas floradas marcantes, agregam cor e identidade ao paisagismo. Além de seu valor estético, essas espécies contribuem para a biodiversidade e a harmonia com o clima local.


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