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C.I.N.I – CENTRO INTEGRADO DE NATUREZA E INOVAÇÃO
LOCALIZAÇÃO: Rua São Paulo - Itoupava Seca, Blumenau
ÁREA TOTAL DO TERRENO: 4.517,97m²
ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA: 1.156m²
ACADÊMICOS: Ana Flávia Hostins Laurentino, Mayra Senem e Monique Romani
PROFESSORES: Christian Krambeck, Ketlin Montanari e Karol Carminatti
DISCIPLINA: Ateliê V: Redes e Conexões com a Comunidade
ANÁLISE DO ENTORNO
O local está inserido em uma área estratégica de Blumenau, cercado por importantes referências em inovação, cultura e educação. No entorno, destacam-se o Centro de Inovação de Blumenau, a histórica Casa Salinger, as Ruínas da Casa da Manteiga e o campus da FURB, formando um conjunto de possibilidades de troca e aprendizado.
A rua onde o projeto se desenvolve é bastante movimentada, o que garante visibilidade, acessibilidade e fluxo constante de pessoas. Essa localização permite atrair diferentes públicos como estudantes, turistas, famílias, empreendedores e visitantes em geral, reforçando o objetivo de criar um espaço aberto, inclusivo e conectado com a cidade.
A Casa Salinger será cuidadosamente revitalizada para abrigar um museu aberto ao público, voltado para famílias, escolas e visitantes em geral. A proposta é transformar o espaço em um ponto de encontro com a memória local, onde a história de Blumenau possa ser vivenciada de forma acessível, sensível e interativa.
Já as Ruínas da Casa da Manteiga também passarão por uma intervenção respeitosa, que visa preservar sua estrutura e integrá-la a um espaço de livre acesso. A ideia é que as ruínas deixem de ser apenas vestígios do passado e passem a ser parte ativa do cotidiano da cidade.
CONCEITO
O C.I.N.I propõe uma nova forma de pensar os espaços voltados para o conhecimento e a criatividade, rompendo com a rigidez dos prédios tradicionais. Com formas circulares e linhas orgânicas, o projeto cria um ambiente fluido, acolhedor e inspirador.
Os blocos curvos se distribuem ao redor de um pátio central, que funciona como o coração da edificação. No lugar de uma árvore natural, uma estrutura metálica em forma de árvore se ergue como símbolo de crescimento, conexão e renovação constante.
A arquitetura do C.I.N.I estimula a convivência, a criatividade e o trabalho conjunto entre pessoas com formações e visões diversas. Cada detalhe do projeto reforça a ideia de movimento, de conexão e de abertura para o novo. O C.I.N.I não é apenas um edifício, é um organismo vivo, sempre em transformação, assim como as ideias que abriga.
ESTRUTURA METÁLICA
O projeto conta com 3 placas acima da cobertura com 5% de inclinação, com o intuito de direcionar o escoamento natural da água da chuva em direção ao ponto central do espaço. Esta água, ao invés de ser conduzida de maneira convencional por condutores ocultos, é canalizada para a grande estrutura metálica em formato de árvore localizada no centro do projeto.
A proposta é que, ao atingir essa estrutura, a água percorra seu trajeto de forma visível, criando um efeito de “corrente de chuva” ou queda d’água vertical, fluindo de maneira contínua. Esse elemento chama a atenção no ambiente, destacando o espaço central e criando uma experiência que envolve os frequentadores do local.
MIRANTE
No fundos, o CINI conta com um deck de madeira com mesas, projetado como um mirante voltado para o rio, atua como um importante elemento de atração no conjunto da edificação. Além de convidar as pessoas a apreciar a paisagem natural, este espaço proporciona momentos de tranquilidade e convivência, criando uma conexão direta e sensorial entre o projeto e o ambiente natural ao seu redor. A presença do deck estimula a permanência dos usuários no local, fortalece o vínculo entre o espaço construído e a natureza.
MATERIAIS E CORES
A dinâmica de integração entre o CINI e a natureza é aplicada também nos materiais, com a madeira sendo um dos elementos protagonistas do projeto, presente em revestimentos, estruturas e nos brises verticais das fachadas, que garantem sombreamento e leveza visual. A vegetação circula todo o projeto, desde os telhados verdes até os jardins das fachadas, promovendo conforto térmico e traz uma aparência marcada pela presença da vegetação.
A paleta de cores é composta por tons terrosos, marrons e acinzentados, que dialogam com o entorno e criam uma atmosfera acolhedora. As superfícies internas e externas seguem essa linguagem, valorizando texturas naturais e acabamentos que ressaltam a beleza dos materiais. O resultado é um espaço arquitetônico vivo, com inspiração orgânica e equilíbrio entre criatividade e natureza.
GALERIA DE PERSPECTIVAS
GALERIA DE DESENHOS TÉCNICOS
